quarta-feira, 25 de junho de 2008

Juiz autoriza realização da Parada do Orgulho em Jerusalém nesta quinta-feira


A Suprema Corte de Israel rejeitou um pedido de proibição da Parada do Orgulho GLBT em Jerusalém, programada para acontecer nesta quinta-feira, dia 26 de junho. Um grupo de ativistas judeus ultra-ortodoxos apresentou a solicitação na semana passada, mas o juiz Ayala Procaccia o rejeitou nesta segunda, dia 23.

Segundo o site Pink News, Ayala decidiu que "deve ser mantido um equilíbrio entre o desejo da comunidade gay e lésbica de manifestar-se e os sentimentos dos moradores da cidade - é importante que desfiles desse tipo tornen-se rotineiros apesar de causarem comoção anualmente".

Nos últimos anos, o desfile foi palco de enfrentamentos entre ativistas gays e grupos religiosos fundamentalistas, que consideram a cidade um lugar sagrado. O argumento apresentado pelos ortodoxos na petição negada nesta segunda-feira, por exemplo, é de que a Parada é uma "provocação que prejudica a delicada textura existente em Jerusalém".

Um homem esfaqueou três participantes da Parada em 2005, sendo condenado a 12 anos de prisão. No ano seguinte, o desfile aconteceu dentro de um estádio esportivo, mas foi precedido por violentos protestos de grupos de ultra-direita que o consideram uma profanação.

Em 2007, cerca de mil pessoas participaram da Parada, que percorreu, por medidas de segurança, um trajeto de apenas 500 metros e contou com a proteção de 7.500 policiais.

Um comunicado da organização Jerusalem Open House, que organiza a Parada, afirma que a manifestação é um "verdadeiro teste" de democracia e dos direitos civis em Israel. "Apesar de esperarmos que a luta seja dura, não deixaremos que promessas de violência nos silenciem ou ameaçem a democracia israelense", diz o grupo.

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